domingo, 14 de setembro de 2008

Daniela




A menina, sem plagiar a canção,
Que um dia eu conheci criança
À minha vida faz ter esperança
sem fingimentos em seu coração

Um dia apareceu como unção
E me levou em sua bela dança
Livrado-me da minha velha rança
Numa única sublime doação

Qual chama de uma eterna vela
O perpétuo brilho de estrela
É seu doce rosto em minha mente

Nunca estará minh'alma isente
Pois sempre a terei muito presente
Minha doce e linda Daniela.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Seguimiento




Soy de la tierra insana el ciego
Seguidor de una voz inaudible
Aunque a muchos sea inasible
Como para el sol un dondiego

Mi alma tuvo un constante riego
En la piedra de mi pecho rompible
Pues para Él nada hay imposible
Y hoy, como a Pedro, no lo niego

Como nuevo seguidor se despierta
Una llama en mi alma desierta
Tal cual luz de un nuevo nacimiento

Y con ese bonito sentimiento
No más ha de dejar su seguimiento
Por las obras que el mundo concierta

terça-feira, 8 de abril de 2008

A Velha da Rua




Nas ruas tristes da cidade
Sem nome, sem cara, sem idade
A vejo caída, sem graça, desnuda
É chamada ‘A Velha da Rua’

Come do lixo, dalguma podre sobra
Não vale nada, pois nada cobra
‘Sai do meio – lhe gritam – vagabunda’
‘Esse tipo de ‘merda’ aqui abunda’

Sou eu como esse nojento néscio
Estará meu coração emacio
Onde o mundo já não me importa
Preferindo ver a Velha morta?

Lá está a ‘Velha da Rua’, só e sem vida
Há três dias jaz, a carne fedida
Sem nenhuma lágrima derramada
Sem tumba, sem dores, sem nada

Abunda




Em nosso Brasil a bunda abunda
(Por favor perdoem a redundância)
Como Bananinha ou Melancia
São as antigas famosas ‘Raimunda’

Na televisão isso nos inunda
A cultura nos grita repugnância
Matando a inocente infância
Com uma idiotice rotunda

Que foi feita da gozosa leitura
Na qual nos deleitava a doçura
Do viajar na prosa e no verso?

Hoje o mundo está a inverso
Estando na escuridão imerso
Numa ignorância crua e dura

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Versos tristes




Yo prefiero que nunca ciertos versos
Broten de mi corazón dolorido
Que se mantenga mi jardín florido
Alejando de mí vientos adversos

Ya he tenido mis sueños inmersos
Como imágenes sin colorido
No dando siquiera un alarido
En oscura tempestad de reversos

No quiero más tener vanos despistes
Cual melancolía de malos chistes
Por las noches de lluvia y soledad

No sufra mi corazón de parvedad
Que no tenga yo también tal heredad
Como Neruda y sus versos tristes

Cariñet




¿Cómo puedo, Cariñet, no amarte?
Si en mi pecho, cual fuego, abrasa
Sería mi equivocación crasa
Dejar que si muriera ese arte

Con maestría iba yo llevarte
Te protegería bajo mi asa
Y el mundo sería nuestra casa
En un eternal acto de besarte

Viviríamos bajo nuestra suerte
Luchando por ese amor tan fuerte
Sin que nadie nunca nos impidiera

Por los lindos años que Dios nos diera
Juntos mientras la vida nos quisiera
Hasta que venga la hermana muerte

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Poeta




El poeta es un incomprendido
Si no trasmite siquiera tristeza
Cuando sus palabras más que belleza
Son los frutos de un tiempo perdido

Entonces ¿cuándo puede ser él oído?
Cuando sus palabras sean certeza
Que puedan plasmar con plena destreza
El amor en su pecho escondido

Que mis frases no sean ecos vanos
Así siendo que corten mis manos
Para que no me caiga en pecado

Siendo siempre el amor proclamado
Y no deje nunca de ser amado
Ese escritor de sueños insanos

sábado, 5 de janeiro de 2008

Kyrios !?!




Tão distante e meu mais profundo,
Meu Tudo e meu Nada,
Infinito em meu finito,
Finito em meu infinito.

Nas minhas trevas, és Luz,
Em minha luz, Trevas,
Certeza duvidosa,
Dúvida certeira.

Doce desamor,
Amor amargo,
Meu Ser e meu Nada.

Minha busca estática,
Minha vida,
Minha morte.

Frailes




Llenos de vacío, hartos de ayuno
Dicen buscar a Cristo, pero antes
Se llenan la tripa, como rumiantes
Queriendo lo que importa a uno

Algunos tal como un Unamuno
Pero no siendo seres muy pensantes
Se esconden entre los mendicantes
Teniendo como a dios algún Neptuno

¿Obediencia, pobreza, castidad
Vivencia fraterna en comunidad
Todo eso se acabo en nada?

Parece todo un cuento de hada
¿O está mi mente equivocada
Por tamaña espiritualidad?

Si fuera




Si tu piel fuera mía, ¡oh amada!
No hubiera manera de dejarla
Pasaría la vida en buscarla
En ella yo haría mi morada

Mas como de ella no soy yo nada
Viviré en mis días a buscarla
Aunque me sé indigno de tocarla
No puedo más que verla adorada

Si nuestros mundos están separados
La ínfima distancia nos castiga
Que esa nunca pueda o consiga

Causar entre ella y yo intriga
A pesar de muchos enamorados
Que sepa yo ser uno de sus amados

Sentimento




Sinto que já não será o meu mundo
Sem dar vazão a luz do sentimento
Que eu levo dentro neste momento
De modo simples, bonito, profundo

Dentro o levo a cada segundo
Não é esse um hino ao lamento
Sendo a cura de qualquer tormento
Não sendo digno qualquer vagabundo

O vejo sempre diante do nariz
Está nas ruas, a pé, caminhando
E com ele quero seguir andando

É de amor que eu estou falando
Dele sou um buscador, um aprendiz
E buscando seguirei sendo feliz

Amante




Si no fuera yo un ángel sin alas
Volaría a cuidar de tu sueño
Y de tu boca me haría dueño
Esparciendo mis fantasías malas

Por tu piel haría yo mil escalas
Poniendo todo mi puro empeño
En amar todo su bello diseño
Con el dulce olor que de ti exhalas

Como un viajero errante
Ser de tu cuerpo navegante
Haciendo de tu seno mi morada

Serías tú mi única amada
Nunca más dejaría tu mirada
Y moriría siendo tu eterno amante

Mundo meu




Minha mãe mandou medir minhas metas
Mas minha mente maldosa mentindo
Me mandou melhor manter-me munindo
Mirando mais minhas muitas maquetas

Minhas manhãs, meras marionetas
Meus mui mofosos mestres mugindo
Metendo morosos males medindo
Manuseando muitas más mesetas

Mantendo mareada mente minha
Minha metanoia, moral magistral
Mil mundos mesclados monumental

Montanhas mágicas, meu mundo mortal
Morena minha, mulher-menininha
Mágica, meiga, mui minha Martinha

Linda




Longe de mim, em um lugar distante
Infinito desde tempo-espaço
Vive alguém cujo terno regaço
Imerso quero viver, tal amante

Antes não tinha nada semelhante
Agora nos une um forte laço
Ligando cada pequeno pedaço
Vendo o crescer do amor constante

Entrou, como brisa, em minha vida
Seduzindo meu coração inteiro
Minha alma como tiro certeiro

Encontrou em sua vida primeiro
Lugar, tornando-se minha querida
Onde repouso minha doce lida

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Johari




Como um ruído silencioso
Ou uma escuridão luminosa
Como brisa muito tempestuosa
Um grande terremoto ocioso.

Um sangrento verdugo piedoso
Como claridade misteriosa
Tal qual calma queixosa
Ou um copo de fel mui saboroso.

Conhecemos o mesmo eu e ela
Conheço-o eu, ela já não o mais
Há o que ninguém conhecerá jamais.

Conhecerá alguém outras coisas: quais?
E somente o que só sabe ela
De Johari assim é a janela.

Otro abril




Otra vez, española, de tu beso
Tuve la felicidad, como sueño
Siendo de tu boca esclavo, dueño
Sintiendo que el amor es mi peso

Mi corazón al tuyo está preso
Y con esas palabras me empeño
En plasmar lo bello de tu diseño
Aunque yo sé ser indigno de eso

Gracias por dejarme ser yo y darte
Un poco de mi amor, bella arte
Haciendo de diciembre otro abril

Sanando mi cuerpo enfermo, febril
Como un blanco libro en mi atril
Con mi todo y mi nada amarte

Desejo




Quero perder-me entre teus cabelos
E em tua boca fazer escola
Nas curvas de teu corpo, espanhola
Fixar muitos doces eternos elos

Com minhas obras e gestos singelos
Com os frutos de minha mente tola
Tentando plasmar eu, qual amapola
O que vejo nestes teus olhos belos

De tua boca sinto eu saudades
E de mirar em teu olhar bondades
Sendo eu, sem ti, um pobre poeta

Caminhando sem rumo, sem meta
Mantendo sempre a cabeça reta
Buscando para ti felicidades