quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Fiandeiras
A vida muda como muda o dia
Só que são mais longas as suas horas
Alguns penam pelas suas têmporas
Outros riem por salutar alegria
Não cometem por isso vã heresia
Se cansados do tempo as demoras
Pelo tear de três velhas senhoras
Escolhem como meta outra via
Não por perder-se nalgum labirinto
Que buscam os homens como instinto
Saciar nas suas almas a sede
Porque a vida mesma sempre pede
Por sair da emaranhada rede
E não ser, por ela mesma, extinto
Vero apelo
De saudades morro de teus seios
Do sabor de tua pele cálida
Que freava minha sede ávida
Calando todos os meus anseios
Por favor não coloque em mim freios
Quando ante a tua tez pálida
Queira a minha vontade válida
Saciar-la por ilícitos meios
Nada tenho contra a casta moral
Que tua vista não interprete mal
As palavras deste meu são apelo
Só procuro com especial zelo
Romper de teu corpo o puro selo
Com um puro beijo casto virginal
Eternais momentos
De tua pele sou um bel amante
E de teus olhos um feliz servente
Nunca mais sairá de minha mente
Tua doce boca inebriante
E se olvidar de ti por um instante
Por um lapsus mentis decadente
Lembra que jamais estarás ausente
De meu coração sempre latejante
Contigo vivo eternais momentos
Como os sons dum rio nato da foz
Que inauditos pela humana voz
Soam tugidos em minh'alma feroz
E são desta como doces alentos
Afastando de nós vãos sofrimentos
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Como o amor amado
Amo-te como o amor amado
Numa distância de nome saudade
Cujo tempo não possui idade
E te faço dona de meu pecado
Levo meu coração desencarnado
Em meio a tanta temeridade
Fugindo da mera fugacidade
Querendo-me em ti ser completado
Não ouça, dos ciúmes, o lamento
Pois são meros gritos de sofrimento
De quem a vulgar distância maltrata
Errando vou nesta vida ingrata
Enquanto a tristeza não me mata
Longe do teu doce olhar atento
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